quarta-feira, 30 de março de 2011

O lado escuro da moeda

Dificilmente

alguem vai superar
nossas doideiras

Nasce com a gente
não tem jeito!!

podem até fazer
parecido

Mas igual
não sai


Comentários,


sempre vai ter um
prá somar na mesa


Mas duvido

alguém mesclar
fracassos
com aventuras


Gabar é fácil


Pior
é iluminar no peito


apagões...



FAECO

Quase invisivel

Tem ruas que me remetem
na cara dura

chego a parar
prá recordar

lembro vagamente
do dia

mas sei
muito bem
o que fiz naquele lugar

Na mente da gente
fica um filme
que não acaba

vejo cada detalhe
cada pedaço
de lembrança

e monto aos poucos
o meu quebra cabeça

Nostalgico
disfarço prá não dar bandeira

dai sento
disfarço

e viajo
a tarde inteira....


FAECO

domingo, 27 de março de 2011

A flor azul

Eu já colhi uma flor
azul
na beira de um penhasco

lá de cima
não dá pro medo
calcular
suas dimensões

Tudo é paisagem
tudo é novo

E se pensar em
coragem
você não sobe lá

O lugar é feito
prá aventureiros
destemidos

levados pela força
do pensamento

Lá nem o vento
dá arrêgo

o dia é curto
e misterioso.

A saudade
pelo visto, não chega lá

Em lugares magicos
não há tempo
prá nostalgias...


FAECO

quarta-feira, 16 de março de 2011

Fiz mestrado em solidão

Muitas vezes
vivi momentos
de prazer
e euforias

e nessas horas
eu sempre ergui

pessoas,
taças,
latas,
copos
e alegrias

E brindei
a solidão

Pois foi com ela
que aprendi
a amanhecer
ideias
esperando mais
do outro dia

por ela
chutei o balde
perdi muitas horas
falando sozinho
até firmar
o equilibrio

Com ela
eu vi as mais lindas paisagens
curti momentos unicos
flashes momentaneos
de saudade
em doses homeopaticas
de ilusão

Por ela
decidi de ultima hora
me lançar
numa barca furada,
na maior
indiada
apostando tudo
de coração

Com ela
conheci e amei
muita gente
até me perder no olhar
carente
que em mim se refletia

Por ela
tive coragem
de desmanchar belos castelos
num so dia
e me desprender
das riquezas
sem valores

Com ela
eu vi o mundo girar
na minha frente
me conectei ao um mundo
diferente
sem regras
nem etiquetas

por ela
eu calei no peito
as minhas angustias,
aceitei a realidade
dos fatos
e no momento certo
consolei a mim mesmo

Com ela
dividi sonhos
e pesadelos
momentos vividos,
amores fadados
a um destino
promissor
interrompido
por um maldito
despertador

Por dela
sumi sem deixar
rastros
nem recados
andei sozinho
tomado
por um espirito de amor
rebelde
e aventureiro...





FAECO

quarta-feira, 9 de março de 2011

Oportunismo

vou arriscar
um parecer
oportunista
citando
um dito
popular
bem conhecido
e convincente

Vou falar
dos meus
problemas
visto que,
os mesmos
voce
a muito
tempo
já vem
tentando
conviver

Vou vir
com um
papinho
furado
decorando
pensamentos
de cabeceira
só prá
ensaiar
meu
teatrinho


Vou comentar
futebol
a todo
instante
pra compensar
o meu vazio
nesse
imenso
espaço
intelectual


Vou jogar
conversa
fora
matando
um tempo
antes de ir
embora


pegar carona
num vacuo qualquer...



FAECO

Preso demais ao um livre arbitrio

Pois é, neguinho!!!

Sem querer
tu te lançou
numa barca
furada

Quis seguir carreira
mas não sugou
nem deu vazão

Não respeitou
o teto preto
da ansiedade

se esvaiu pensando
em encontrar
na lata
o seu vazio

E não aprendeu lição
nenhuma

Fugiu na hora do recreio


até se perder por ai
nas tardes vazias
de segunda feira

Achando que tava
todo mundo contigo
de bobeira

se jogando a morrer
num caminho
sem volta

sem ver no lar
uma morada

Achando tudo
vendo nada...


FAECO

Super Humanos

Acho que não precisava
expor assim
esse teu lado
tão cruel

Não era um duelo
e sim,
um amor
mal correspondido

Quanto orgulho
a muito tempo sofrido,
porem,ainda sofrendo.

Pois é,
ninguém é perfeito,
são nossos defeitos
que são qualificados

Erramos pressentindo os erros

Sofremos prá variar felicidade

Perdemos prá não mais achar...


FAECO

terça-feira, 8 de março de 2011

A paixão dos viajantes

O vento virou no mar
e eles vieram

encheram as ruas vazias
e beberam
toda a saudade do lugar

Sutis,distrairam o olhar parado
das mulheres
de pensamentos distantes

Com seus farois
direcionaram o sentimento

E no porto
ancoraram a solidão...


FAECO